5ª Etapa - 18-04-2013
Finalmente ............ o SOL!!!
Foi mais de mês e meio o interregno entre a 4ª Etapa e esta 5ª que hoje levei a cabo na região Nordeste do Concelho de Braga, isto porque, a chuva não quis dar tréguas a uma Primavera que já deveria ter assentado arraiais à quase um mês.
Tendo definido esta etapa práticamente após a conclusão da 4ª, cujo percurso incide em grande medida na margem esquerda do Rio Cávado, entre a Quinta de Jós em Navarra e a Ponte do Porto, não quis arriscar a meter-me ao caminho sem que as condições climatéricas estabilizassem minimamente, para evitar dissabores na transposição das margens do rio, bem como das bouças e campos que lhes são confinantes, porque estariam concerteza demasiado alagados e o perigo poderia espreitar a qualquer momento.
Assim, mal conseguimos três dias seguidos de bom tempo, coisa rara desde finais de Outubro do ano passado, demos corda às sapatilhas, ... e "ala que se faz tarde"!!!
Como atrás foi referido, para esta Etapa estava reservado o eixo Nordeste do Concelho, que envolve as freguesias de Adaúfe, Stª Lucrécia, Navarra, Crespos e S. Paio de Pousada.
Igreja de Adaufe e o seu Adro |
A etapa teve inicio no adro da Igreja de Adaúfe, junto à fonte onde o pessoal dos Braguinhas se costuma abastecer quando faz o percurso - Adaufe/Confeiteira.
Esta igreja, sem grande interesse histórico, já que a sua construção não remontará a uma data inferior ao primeiro terço do Sec. XX, não deixa de ter a sua imponência, nomeadamente a sua fachada.
Bem, lá partimos rumo a mais uma aventura, para percorrer novos caminhos e locais nunca por mim palmilhados, a não ser a parte do percurso da Estrada Nacional 205 que já a conheço de "gingeira", quer de carro quer a pé, das minhas peregrinações ao S. Bento.
A Fonte do Braguinhas |
Essa parte da estrada até à rotunda da bifurcação para Navarra revelou-se extremamente perigosa, já que praticamente não tem bermas e o transito automóvel àquela hora da tarde era bastante intenso, resultando daí dois ou três valentes sustos!!!
Lá viramos para Navarra, por aquela extensa recta que passa pela Fábrica de Aluminios Navarra, ladeada por moradias "tipo vivendas", onde se intercalam também algumas veigas, acabadas de ser fertilizadas, emprestando ao ar ambiente aquando da minha passagem, um intenso perfume "pouco recomendavel".
No final da recta viramos na direcção da Igreja de Navarra, junto à "falida" Quinta de Jós, onde se encontrou uma "arrumadinha alameda" frontal à igreja, de interesse histórico/arquitectónico pouco relevante, sendo esse conjunto urbanistico rematado pelo inevitavel cemitério, por onde passei em frente, rumo ao meu primeiro engano no percurso.
Reparado o engano, seguimos depois na direcção do rio, numa rua em calçada sempre a descer, o que me permitiu descansar um pouco as pernas e os batimentos cardiacos.
Chegados ao rio deparamo-nos com uma paisagem plena de movimento, onde as águas galgavam uma represa natural, oferecendo ao mais distraido dos olhares um quadro intenso e cheio de vida.
Igreja de Navarra |
Chegados ao rio deparamo-nos com uma paisagem plena de movimento, onde as águas galgavam uma represa natural, oferecendo ao mais distraido dos olhares um quadro intenso e cheio de vida.
Por essa razão, parei o cronometro e desfrutei durante um bom par de minutos essa beleza natural que me envolvia.
Satisfeitas as vistas, entramos na parte do percurso que estaria destinada à aventura, já que seriam 4,2 Km a tentar per/correr o mais próximo possivel da margem do rio, entre campos e bouças particulares, sem sabermos em que estado se encontravam e que obstáculos teriamos que ultrapassar.
Transposto um dos muros limite de propriedade lá entramos num primeiro campo, ligeiramente sobranceiro ao rio, com uma extensão aproximada de 650 m que nos levaria a um casario em ruinas, que seria à data da sua construção um paradisiaco abrigo, tendo em conta as suas caracteristicas de construção mediterrânica, com um conjunto de páteos e canteiros a rematar a casa, numa harmonia perfeita com o rio.
Nessa zona do rio deparamo-nos também com a primeira de uma série de azenhas que fomos encontrando abandonadas e em ruinas.
Claro está, que nesta parte do percurso quase não era possivel correr mais que 20/30m seguidos, já que, para além da dificuldade do terreno, teriamos ainda que encontrar e optar pelo melhor caminho e ao mesmo tempo desfrutar aquele cenário que me envolvia.
Cada metro percorrido era um passo que se dava rumo ao desconhecido, já que rápidamente se alternava entre campos cultivados, bouças, campos abandonados, margens pelas quais não era possivel passar e dois ou três ribeiros que desaguavam desordeiramente no Cávado.
Neste tipo de terreno não se conseguiram evitar dois ou três enganos que nos obrigaram a voltar para trás e afastarmo-nos um pouco da margem do rio que era a nossa referência, numa das situações caminhei durante quase 50 m suspenso num silvado.
Uma das azenhas no Rio Cávado |
Claro está, que nesta parte do percurso quase não era possivel correr mais que 20/30m seguidos, já que, para além da dificuldade do terreno, teriamos ainda que encontrar e optar pelo melhor caminho e ao mesmo tempo desfrutar aquele cenário que me envolvia.
Cada metro percorrido era um passo que se dava rumo ao desconhecido, já que rápidamente se alternava entre campos cultivados, bouças, campos abandonados, margens pelas quais não era possivel passar e dois ou três ribeiros que desaguavam desordeiramente no Cávado.
Neste tipo de terreno não se conseguiram evitar dois ou três enganos que nos obrigaram a voltar para trás e afastarmo-nos um pouco da margem do rio que era a nossa referência, numa das situações caminhei durante quase 50 m suspenso num silvado.
Rio Cávado |
A nova Ponte do Porto |
Ponte Romana da Ponte do Porto |
Venha a próxima, lá para os lados de Guimarães/Famalicão.
Retomada a estrada, lá seguimos rumo ao ponto de partida, sendo que ainda teriamos praticamente 6 Km para concluir a etapa, depois do cansaço que já se fazia sentir pela dureza do troço anterior.
Desses 6 Km, 4 Km seriam a subir, nomeadamente desde a Ponte do Porto até à rotunda de Stª Lucrécia, tornando por essa razão esta etapa ainda mais dolorosa.
Aqui o percurso seria todo efectuado pela Estrada Nacional, onde se transpôs primeiro a freguesia de Pousada, depois Crespos, Santa Lucrécia e novamente Adaufe, até à Igreja de onde partimos.
Igreja de Crespos |
Mais uma etapa percorrida, .... mais uma aventura!!!
Percurso:
Partida: Igreja de Adaúfe
Seguir na EN 205-4 até ao entroncamento da antiga Escola Primária
Seguir na mesma EN até à rotunda que deriva para Stª Lucrécia e Navarra
Na rotunda virar no sentido de Navarra pela Estrada Municipal M565
Passagem pela Fábrica de Aluminios Navarra
No cruzamento a seguir à Fábrica, virar no sentido da Igreja de Navarra
No entroncontamento da Igreja de Navarra, junto ao Cemitério, virar à esquerda
Seguir na Estrada Municipal/Rural até ao entroncamento da Quinta do Passadiço
No entroncamento virar à direita, no sentido do Rio Cavado
Chegado ao Rio Cavado, virar à direita seguindo a margem do Rio Cávado,
por campos e bouças, pertencentes às freguesias de Navarra, Crespos e Pousada
Percorrer a margem esquerda do Rio Cávado da Quinta de Jós até Ponte do Porto
Chegado à Ponte do Porto, etomar a EN 205-4 em sentido contrário, passando
pelas freguesias de Pousada, Crespos, Stª Lucrécia e novamente Adaufe.
Chegada: Igreja de Adaufe
Distância Total do Percurso: 15.235 m
Tempo Gasto: 1H42m08s
Ritmo: 6m 42s/Km
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