SEXTA ETAPA A PER CORRER OS LIMITES DO CONCELHO DE BRAGA


05-06-2013

À terceira foi de vez!!!
De facto, só à terceira tentativa é que consegui levar a bom termo esta etapa!!!

A primeira tentativa não conta para as estatisticas porque, quando me dirigi para o "local do crime" já sabia que não tinha tempo para concluir a etapa.

Na segunda tentativa as "coisas" até nem estavam a correr mal, tinha até ultrapassado a fase mais dificil e desgastante do percurso, mas, um engano num dos caminhos na fase de descida do Monte do Penedo das Letras em Guisande, levou-me para o lado contrário da rota prevista!!!

Como nestas coisas das corridas e neste caso também das aventuras, não sou de desistir por "dá cá aquela palha", meti-me novamente ao caminho e cumpri a etapa em conformidade com o previsto.

Como suspeitava que íria demorar +/- 1H30/40m para concluir a tarefa, caso não me enganasse outra vez, claro está, levantei-me pelas 7H00m no sentido de começar a etapa pelas 7H30m.

Não foi às 7H30m, mas foi pelas 7H45m que iniciei esta etapa em S. Vicente de Penso, uma das freguesias da zona sul/sudoeste do Concelho de Braga, cujo percurso incluia também as freguesias de Escudeiros, Guisande, Airão (V. N. Famalicão), Leitões e S. Estevão de Penso.

A etapa teve então inicio no cruzamento da estrada N319 com a Rua das Quebradas em S. Vicente de Penso.

As condições climatéricas eram as ideais, o percurso já estava mais que assimilado, ... à terceira tinha mesmo que ser de vez!!!

Até ao topo do Monte do Penedo das Letras, o percurso era já repetido, nesse sentido não deveria haver lugar a muitos enganos.

No entanto, haveria que lá chegar, para isso iniciei o percurso através da empedrada e extensa Rua das Quebradas que me ofereceu logo no inicio alguma resistência, uma vez que a sua inclinação e a irregularidade do piso travaram-se de razões com as minhas pernas!!!

Essa rua levou-me ao Lugar da Formiga que por sua vez, pela rua do Padrão me levaria a um largo perto do Campo de Jogos de Guisande, onde me deparei com uma capela "castiçamente" implantada no meio da rua, à boa maneira de outros locais tipicos da N/ região minhota.


A tal Capelinha no meio do Largo


Passada a capelinha, seguimos numa estrada relativamente confortavel com uma ligeira inclinação descendente, permitindo-me por esse facto descansar um pouco do esforço empreendido nos dois primeiros kilómetros de subida, bem como, apreciar as extensas veigas, aparentemente bem tratadas, fruto das últimas actividades agricolas operadas nesta altura do ano, nomeadamente com a plantação de milho.

Esta estrada levar-me-ia até ao sopé do Monte do Penedo das Letras pelo lado de Guisande, onde iniciei a subida por um caminho não muito bem tratado e com aparência até de estar votado a algum abandono.

Os primeiros 400/500m de ataque ao monte, apesar do caminho não se encontrar em boas condições e a inclinação ser já consideravel, não me desgastaram de sobremaneira.

A partir daí, onde bifurcavam dois caminhos, dos quais, um nos levaria ao topo do monte e o outro a um local no meio da floresta, onde se ergue uma imagem do Sagrado Coração de Jesus, é que a inclinação empinou para percentagens superiores a 20% e, aí sim,  a "coisa" começou a ficar feiinha!!!

O Sagrado Coração de Jesus do Monte das Letras

Mesmo assim, durante os quase 1200 m de subida agreste que tive que ultrapassar até atingir o topo do monte, tentei nunca desistir do passo de corrida, à excepção dos ultimos 150/200m, porque, de facto, já não conseguia aguentar mais, tamanha era a inclinação e o cansaço acumulado.

Toda essa subida foi efectuada em caminho/trilho florestal, em não muito bem estado, no meio de um arvoredo relativamente cerrado, onde predomina o eucalipto, que oferece ao local aquele aroma fresco de menta. 

Um dos trilhos do Monte das Letras

Na chegada ao topo do monte a vegetação começou a rarear um pouco mais, tal como a definição do caminho por onde seguia, daí que tivesse que optar por seguir uma "amostra" de trilho que me levou a contornar um enorme penedo, que não o das Letras, sendo que, depois de contornado, me ofereceu a outra encosta do monte e um horizonte onde era possivel observar as pedreiras que rasgavam a floresta no horizonte, por onde eu iria passar mais à frente, lá para os lados de Airão. 
  
O que é possivel observar de um dos cumes do Monte das Letras
Contornado o penedo, deparo-me com uma encruzilhada de trilhos, que desta vez já sabia quais os que teria que rejeitar.

A opção era clara!!!

Teria que seguir os trilhos cujo sentido era o que tendia para nascente, para evitar enganos e confusões como da 2ª vez.

A descida do monte, embora com o receio de me vir a enganar nalgum caminho, lá se fez sem grandes acidentes, até porque deste lado da enconsta, os caminhos estavam substâncialmente em melhor estado.

O caminho que optei para a descida do monte levou-me exactamente ao cruzamento da EN309 previsto no percuso, o que me deixou deveras aliviado.

Nesse cruzamento parei para confirmar o local, a partir da cábula do Google Hearth que tenho levado sempre comigo nestas aventuras. Confirmado o caminho a seguir e depois de respirar profundamente a frescura do aroma dos enormes eucaliptos que rodeavam aquele local, segui no sentido das pedreiras de Airão.

Apesar de não ser nada de especialmente deslumbrante, tenho que confessar que gostei particularmente daquele local!!! Não sei porquê, achei interessante aquele quadro e aquela luz, isto porque se tratava de uma estrada "arrumadinha", quase sem trânsito, que entroncava num largo completamente rodeado de esguios e interminaveis eucaliptos que conferiam ao local uma protecção e sensação de aconchego.


O tal Cruzamento - A foto não retrata a minha sensação

Bem, lá segui para as pedreiras, numa estrada também ela arrumadinha, mas batida pelo transito dos camiões de inertes que não têm dado tréguas ao pavimento que já dá mostas de alguma degradação.

Embora agradavel de se percorrer, já que se encontra também ladeada por frondosos eucaliptos - aquela árvore perversa que eu já aqui refei uma série de vezes - aquela estrada não deixou também de causar grande mossa, já que me obrigou a um esforço adicional de percorrer mais 1Km numa inclinação média superior a 15% ...... foi mesmo duro!!!

Concluida a subida e já a contornar as interminaveis pedreiras, segui no sentido de Airão.

Aqueles acidentes geológicos artificiais são de facto uma enormidade do ponto de vista ambiental, mas, e qual é a alternativa???

Não é mentira que já se produzem betões de elevadas prestações com recurso a outro tipo de inertes, também não é mentira nenhuma que já existem outros materiais de revestimento alternativos à pedra, mas, a extração e transformação de pedra é incontornavel em qualquer economia, mesmo assim, não me parece que este seja o tipo de recurso, cuja exploração cause mais danos à mãe natureza!!!

Uma das várias pedreiras existentes em Airão
Bem, já no Alto de Airão e depois de contornar aproximadamente três extensos kilometros de predreiras, lá segui por um caminho florestal, também ele não muito bem tratado, que me levaria a um entroncamento com a EM584, em Leitões, ainda do lado do Concelho de Guimarães.

Chegado ao entroncamento, sigo por essa EM584, no sentido de Braga, cujo traçado segue paralelo à A11 e me levaria à Fonte dos Braguinhas do percurso da Morreira, que se localiza sob aquele enormissimo viaduto da Auto-Estrada em Leitões.

A fonte dos Braguinhas - que aqui não se vê
Embora aquele proeminente viaduto possa parecer um acidente de mau gosto naquele local, pessoalmente acho intessante o confronto e o desafio da grandiosidade daquela obra de arte, com a minuscula fonte que lhe fica debaixo, como que a pedir-lhe clemência para que nenhum carro lhe caia em cima!!!


O tal viaduto, cuja extensão e altura dos pilares a foto não consegue documentar

Chegado à fonte, teria que descer agora pela estrada que liga Morreira a S. Vicente de Penso, que aliás, não me era desconhecida, uma vez que faz parte do maior percurso dos Braguinhas das corridas domingueiras.

Esta estrada feita no sentido descendente é agradavel de se percorrer, uma vez que, para além de permitir o descansinho da praxe, também nos proporciona uma panorâminca envolvente do Vale do Este que se nos aparece pela frente, presenteando-nos com os verdejantes pastos e os campos acabados de serem lavrados e plantados por esses herois minhotos em vias de extinção.

Este troço final da etapa levar-nos-ía ao ponto de partida e conclusão da etapa, sem antes nos dar a conhecer uma daquelas acolhdoras capelas pertencentes aos solares que se vão encontando dispersos por essas encostas e vales minhotos.

Vamos começar a preparar a próxima, lá para os lados do Sameiro e Bom Jesus, na fronteira com os concelhos da Povoa de Lanhoso e Guimarães
Percurso:

Partida:    EN 319 em S. Vicente de Penso, próximo do cruzamento da Rua das Quebradas
                  Rua das Quebradas
                  Lugar da Formiga 
                  Largo Junto ao Campo de Jogos de Guisande
                  Descer a Rua de Vila Pouca até ao sopé do Monte das Letras
                  Ascenção do Monte das Letras pelo lado de Guisande
                  Descida do Monte das Letras pela encosta do lado de Escudeiros 
                  Cruzamento da EN 319 com a estrada de acesso às pedreiras de Airão
                  Subida da estrada de acesso às pedreiras
                  Contorno da pedreiras até ao Alto de Airão em frente à Graminho 
                  Seguir no caminho florestal que liga o Alto de Airão à EM 584 em Leitões
                  Descer a EM 584 no sentido de Penso S. Estevão até à Fonte dos Braguinhas
                  Descer a EM 584 1 até ao cruzamento com a EN 319 em S. Vicente de Penso
Chegada: Mesmo local da Partida

Distância Total do Percurso: 14.200 m

Tempo Gasto: 1H27m36s

Ritmo: 6m 12s/Km

Percurso da 6ª Etapa (Violeta) - A parte Azul Bebé corresponde aos 7540 m do limite do concelho de Braga com Famalicão e Guimarães, pelo Monte das Letras e Pedreiras de Airão. 









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