XXV MEIA MARATONA DE OVAR - 2013 - A MINHA NONA

06 - 10 - 2013


Depois das Meias do Porto e Guimarães, seguiu-se Ovar com duas semanas de intervalo e com a minha condição fisica ligeiramente mais capaz; isto, a julgar pelo incremento de mais um treino semanal nas duas últimas semanas.

Esta é uma daquelas MM que se vão realizando por aí, absolutamente imperdivel para a maioria do pelotão das corridas e, por consequência, para os BRAGUINHAS que já participam nesta prova desde as primeiras edições.

No meu caso, esta era a 2ª em Ovar e teria aqui a oportunidade de bater o meu record pessoal da prova, caso nenhum acidente de maior viesse a ocorrer.

Da inscrição do pessoal Braguinha nesta MM fui eu que tratei, sendo que, para esta prova foram inscritos 12 atletas, mais o pessoal do Airão e da Espiral.

Os preliminares para esta MM não diferiram muito do que tem acontecido nas outras provas, dizer apenas que desta vez o levantamento dos dorsais ficou a cargo do Zézinho, já que é dos mais veteranos nestas andanças e foi dos que primeiro partiu para Ovar.

O restante pessoal, distribuido pelos vários carros lá foi chegando a Ovar com a antecedência necessária para a recolha dos dorsais e demais diligências indispensaveis antes do tiro de partida. 

Já em posse dos dorsais e com as fotografias da praxe tiradas com todas as poses e feitios, lá nos fomos dirigindo para o local de partida .


Parte da Troupe dos BRAGUINHAS que participou na prova 
A hora do tiro de partida ía-se aproximando e eu ainda com as minhas ligaduras e balsamos por aplicar. Haveria que nos despacharmos, já que tinhamos ainda o aquecimento por fazer.

Rápidamente tratei de me ocupar desses preliminares, no sentido de me apresentar a tempo e horas na meta de partida.

Poucos segundos depois das 10H00, deu-se o tiro de partida. Foram desejados os votos de boa corrida ao pessoal que nos rodeava, bem como, a indispensavel reza a interceder por uma corrida livre de perigos. 


Aspecto da partida


Passado pouco mais de um minuto, chegou a minha vez de passar pela meta de partida, iniciando-se a partir dessa altura a contagem do tempo liquido. Ao meu lado partiram o meu cunhado Luis e o Rui Gomes, que de imediato me passaram à perna já que iam para outro andamento.
A minha passagem pela meta de partida

O primeiro quilómetro não deu para grandes devaneios, já que uma enormidade de pernas que se ia estorvando umas às outras, impedia o normal desenvolvimento do ritmo de corrida!!!

Pelo segundo quilómetro já foi possivel, estabilizar a corrida para um ritmo próximo dos 5 min/Km.

O percurso desta MM, era em tudo igual ao do ano passado. Por esse facto, nenhum dos locais por que fui passando era para mim motivo de grande novidade, tal como o entusiasmo de um apreciavel aglomerado de espectadores que se ía distribuindo nesta fase inicial do percurso.

          Alguns BRAGUINHAS na 2ª passagem pela Meta de Partida














   
Este inicio de percurso foi efectuado em duas voltas pelas principais ruas do centro urbano de Ovar e perfizeram aproximadamente 6 Km, sendo que o traçado que nos era apresentado continha algumas subidas, bem como algumas partes do piso em calçada de pedra, o que dificultou um pouco a tarefa, mas nada que causasse assim tanta mossa.

A partir dessa altura, saímos do circuito urbano e entramos numa das principais vias circulares externas da cidade, que mais tarde nos iria entregar à praia do Furadouro.

Como do 7º ao 8º Km essa via inclinava um pouco mais, tratei logo de baixar o ritmo da corrida para os 5:20-25/Km, para evitar já nesta fase da prova um grande acumulação de cansaço.

Esta reserva veio a revelar-se uma boa opção, já que a partir de meio da prova consegui gradualmente aumentar de ritmo, sem me dar muito mal com isso.

Foi já com ritmos novamente próximos dos 00:05:00/Km, que entrei naquela grande recta que nos leva à praia do Furadouro e onde também nos é possivel observar os primeiros atletas que vêm já em sentido contrário, após o retorno nessa praia, como foi o caso da Marlene, o Manel Careca e grande parte do pessoal do Braguinhas que, claro está, correm todos muito mais que eu.

Foi por essa altura que me apercebi que a dupla Valquiria/Zé Maria vinha ligeiramente atrás de mim, já que ía ouvindo o Zé Maria, com os seus tipicos incentivos ao restante pessoal do pelotão. 

Uma vez que não me estava a dar mal com o ritmo em que seguia e pretendia também testar até onde e quando o conseguiria aguentar, acabei por não esperar por essa dupla, e lá fui "seguindo para bingo"!!!

Pelos 14/15Km entramos na marginal da praia do Furadouro que, à semelhança do ano passado, estava bem composta de um público entusiasta e empolgante, que criou uma especie de mola para catapultar os atletas rumo aos seis quilometros finais!!!

Esta mesma sensação tinha-a experimentado no ano passado!!! Razão pela qual, esta parte do percurso me agrade particularmente, especialmente num dia de sol, como o que se verificava, já que, para além do ambiente vibrante transmitido por esse público entusiasta, a luz projectada pelas águas de um infindavel horizonte horizonte de mar, completava um quadro perfeito.

Foi com estas sensações que me despedi do Furadouro, para reentrar novamente naquela imensidão de recta, agora em sentido contrário, rumo à rotunda que nos obrigaria a voltar à direita, para nos dirigirmos a um segundo ponto de retorno, agora localizado pelo 18º Km.

É já proximo desse segundo ponto de retorno que encontro o meu cunhado Luís, já em sentido contrário, que por esta altura não vinha com cara de muitos amigos. Por momentos ainda pensei que se forcasse um pouco mais, ainda o poderia alcançar. Mas desviei de imediato tais cogitações da minha "mona", para continuar com a corrida na zona de conforto. 

Lá contornamos o bidão do último ponto de retorno, onde passariam a faltar 3 Km aproximadamente para o final da prova, e eu entre os 00:04:55 e os 00:05:00 / Km de ritmo de corrida, mas com as tais reservas para forçar um pouco mais, caso me quisesse cansar e massacrar um bocado mais.

Nesta parte do percurso tinhamos um dos braços da Ria de Aveiro por companhia, que por essa altura reflectia uma intensa luz proveniente dos raios de sol que incidiam nesse extenso espelho de água, e eu lá me ía deliciando com esse quadro.

Com a Ria de Aveiro de um lado e com uma grande parte do pessoal que seguia atrás de mim do outro, lá me aproximei da penúltima rotunda que me obrigaria a virar à direita, rumo à grande recta que antecede a meta, nos dois quilometros finais.

Ao aproximar-me dessa última rotunda, inevitavelmente lembrei-me da sofreguidão com que transpus a rampa que se seguia a essa rotunda no ano passado.

De facto, este ano a tranposição dessa última rampa foi bastante menos dolorosa, apesar do ritmo de corrida ser até superior.

Ultrapassada a rampa,  deparei-me com a última longa recta antes da meta de chegada, onde era visivel também um extenso pelotão dos atletas que seguiam imediatamente à minha frente.

No meu ritmo de 5 min/Km lá fui transpondo essa recta final, onde, mais ou menos a meio me deparei com o meu colega Nuno Aguilar, que por estes tempos também se vem dedicando às corridas, proponde-lhe que seguisse comigo, mas, pelos vistos, já não estava com muitas reservas.

A partir daqui e aproveitando o ligeiro desnivel descendente desta parte do percurso, incrementei um pouco mais ritmo à minha cadência e rápidamente atingi a rotunda do Bombeiros, onde ficariam a faltar pouco mais de 400 m para a conclusão da prova.

Lá tratei de esgotar a reservas que ainda possuia e nesses metros finais apliquei todas as minhas forças no sprint final, para concluir a prova com o tempo de 01:46:26, na 1123ª posição, em 1733 atletas que concluiram a prova.   





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